Pedro Popoff conseguiu reunir 2 mil cordéis para sua ‘cordelteca’, compartilhando com os moradores de Bauru a cultura nordestina tão presente em todo o Brasil
29 de setembro de 2019
Pedro Popoff desde os cinco anos de idade, admira a cultura nordestina. Após assistir ‘Lampião, o Rei do Cangaço’ (1964), ele começou a desbravar as diferentes manifestações artísticas do Nordeste brasileiro, principalmente o cordel. Atualmente, com 13 anos, Pedro decidiu compartilhar sua paixão com os moradores de Bauru, município onde vive no interior de São Paulo. Para isso, decidiu criar uma biblioteca específica para obras de literatura de cordel, em abril desse ano, a qual batizou de Gonçalo Ferreira da Silva, homenageando o poeta de Ipu, no Ceará, conhecido por ser um dos criadores da Academia Brasileira de Literatura de Cordel.
Sua biblioteca fica na Rua Treze de Maio, 12-45, na região central de Bauru e já recebeu muitas doações de cordéis. Boa parte vinda de autores, poetas e academias especializadas.
Além do acervo literário com mais de 2 mil obras, a ‘cordelteca’ também conta com objetos de origem nordestina, como uma coleção de chapéus e um gibão doado pelo poeta Chico Neto Vaqueiro, de Fortaleza.
O adolescente foi apelidado de Pedro do Cordel e ficou muito popular na região especialmente por usar roupas características e acessórios típicos do sertão. Ao lado dos pais, ele desenvolveu o projeto chamado “Brincando de Cordel”, em que visita escolas e participa de eventos para falar sobre a cultura nordestina.