Garoto cria “Cordelteca” aos 13 anos de idade e conta com doações para manter espaço com mais de 2 mil obras

Aos 13 anos de idade, Pedro Popoff, hoje com 15, trocou a sua festa de aniversário pelo grande sonho de ter uma Cordelteca em Bauru (SP). Atualmente, o lugar reúne mais de 2 mil obras e outros objetos da cultura nordestina.

Sobre a Cordelteca

A Cordelteca “Gonçalo Ferreira da Silva”, em homenagem a um poeta de Ipu, no Ceará, conhecido por ser um dos fundadores da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, foi montada com o apoio de vários poetas e academias especializadas.

Pedro também tem o projeto Brincando de Cordel, em que ele visita escolas e participa de eventos para falar sobre a cultura nordestina e usa o cordel para falar sobre bullying e violência.

Paixão pelo cordel

“Sou apaixonado por cordel e por toda a cultura nordestina. Tive meu primeiro contato com a arte feita nessa região do país quando tinha 5 anos de idade. Ocorreu de forma espontânea, pois estava no computador, acessando a internet, quando encontrei por acaso um filme sobre o cangaço. Foi “Lampião – Rei do Cangaço”, de Carlos Coimbra. Por pura curiosidade, assisti ao filme e fiquei maravilhado. A partir daí, comecei a pesquisar mais e uma coisa levou a outra”.

“Eu não tenho nenhum parente nordestino, mas amo o Nordeste”

Desde os cinco anos de idade, depois de assistir ‘Lampião, o Rei do Cangaço’ (1964), Pedro Popoff nutre interesse e admiração pela cultura nordestina. Daquele encontro em diante, ele começou a desbravar as diferentes manifestações artísticas do Nordeste brasileiro, principalmente o cordel.

“Antes disso, com 3 anos, eu vi uma vez no DVD do Chico Bento, né? Uma cena que ele cantava a música ‘Menino da Porteira’. E daí, com 5 anos de idade, mais ou menos, apareceu no meu computador, no YouTube, o filme do Lampião”, contou o rapaz.

 

 

Com 8 anos, uma escola de Bauru (SP), onde Pedro mora, convidou ele para fazer um bate-papo com os alunos e falar sobre cordel, sua grande paixão. ❤️

 

“E daí outras escolas foram chamando, e outras e mais outras, e hoje em dia, tenho o projeto ‘Brincando de Cordel’, que eu falo sobre essa minha paixão, além de temas sociais como a Lei Maria da Penha (em cordel), que é do Tião Simpatia, e também sobre bullying”, disse.

 

Projeto destinado para crianças

“Já com meus 10 anos, meu tio pegou o carro e foi comigo e com a minha mãe lá para o Rio de Janeiro, para a feira de São Cristóvão. Fiquei duas semanas lá, cantei com Alceu Valença lá, no aniversário de 70 anos dele”. O encontro foi mais uma razão para Pedro se apaixonar pela cultura nordestina. ✨

Agora, com 15 anos, Pedro mantém o projeto ‘Brincando de Cordel‘, onde aborda aspectos da cultura brasileira em geral, extrapolando fronteiras e regionalismos. Daí a importância da cordelteca… Clique aqui para ajudá-la a continuar funcionando!

Até aqui, a iniciativa já passou pelo estado de São Paulo, Minas Gerais, pelo nordeste, e já impactou cerca de 21 mil crianças.

“Minha família, graças a Deus, me apoia em tudo que eu faço. Meus pais são meus produtores que ajudam em tudo”, salientou Pedro.

Espaço aberto ao público

Antes da pandemia, o espaço recebia cerca de 40 alunos por vezes. “Nós fazemos a visitação e vem turmas de alunos das mais diversas escolas”, disse Pedro.

Além de ser aberto ao público, há visitas monitoradas com a participação do rapaz, onde ele conversa com as crianças e apresenta a literatura de Cordel. “Também falo sobre a xilogravura – a capa do cordel, muitas vezes feita em madeira“.

Trata-se de uma literatura muito versátil, enfatiza Pedro, com textos sobre Galileu (astronomia), cinemática, física, química, história… Porque a literatura de cordel tem essa leveza, esse modo de trazer na rima algo muito leve.

Nordeste, o melhor lugar do mundo. Viva meu nordeste! ❤

Ajude o Pedro a manter esse lindo projeto fazendo uma contribuição clicando aqui. Aceitamos Pix, sem doação mínima 😉

 

Lojinha
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